2022-2026

Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) @ Nova SBE

 

No contexto dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Nova SBE tem a decorrer diversos projetos distribuídos por várias medidas.

A agenda mobilizadora “New Space Portugal” vai estabelecer, pela primeira vez em Portugal, capacidade para conceber, desenvolver e produzir satélites completos, payloads e oferecer serviços transacionáveis de alto valor acrescentado, baseados na exploração de dados da Observação da Terra (OT) a partir do Espaço, impulsionando a cadeia de valor nacional para atender a um mercado em rápido crescimento mundial. A par disso, vai expandir o portfólio de produtos e serviços do operador de satélites português (GEOSAT), consolidando a sua posição nos mercados europeu e global, e de empresas nacionais focadas em aplicações práticas dos dados de satélite (downstream), criando uma oferta de alto valor agregado com foco no mercado. De forma integrada, a “New Space Portugal” vai desenvolver e consolidar uma base científica, tecnológica e industrial espacial de longo-termo em Portugal para o futuro auspicioso do sector.

O objetivo será o de promover uma mudança estrutural do perfil de especialização da economia portuguesa através do desenvolvimento, produção e operação de constelações de satélites e reforçando a posição nacional, já com um operador de satélites de referência a nível europeu, potenciando a criação de produtos e serviços inovadores de base espacial, integrando filosofias “New Space”.

Nomeadamente, em termos de produtos e serviços serão criados:

  • Constelação de satélites de Muita Alta Resolução.
  • Constelação de satélites de Alta Resolução.
  • Constelação de satélites VDES.
  • Constelação de satélites SAR.
  • Planeta Digital: uma plataforma digital para fundir múltiplos dados, de múltiplas fontes, e fornecer serviços de valor acrescentado.
  • Outros serviços para a promoção do empreendedorismo, educação e formação avançada de base espacial.
  • Investigação no domínio da Observação da Terra no Atlântico e globalmente.

A Agenda "Acelerar e Transformar o Turismo" tem como objetivo desenvolver e implementar um conceito avançado e inovador de "Customer Journey", abrangendo soluções disruptivas e inovadoras ao longo de toda a experiência do turista. Desde a fase inicial de atração do turista, passando pela jornada completa e incluindo o período após o término da experiência, a Agenda visa elevar a experiência turística a um novo patamar.

Os principais objetivos da Agenda incluem:

  • 1. Melhorar a experiência turística global em Portugal (Customer Journey): Proporcionar uma jornada turística mais integrada e satisfatória.
  • 2. Incrementar os níveis de inovação, digitalização e sustentabilidade: Adotar tecnologias e práticas inovadoras que promovam a digitalização e a sustentabilidade no turismo.
  • 3. Transformar o tecido laboral no Turismo: Qualificar os recursos humanos, promover a criação de emprego qualificado e aumentar a produtividade no setor.

Para alcançar esses objetivos, a Agenda concentra-se em oito eixos principais:

  • 1. Digitalização direcionada à entrada e saída de turistas – Aeroportos (pilar digital)
  • 2. Digitalização dos Territórios (pilar digital)
  • 3. Conversação com o Turista (pilar digital)
  • 4. Experiência 5.0 
  • 5. Digitalização – Experiência do turista (pilar digital)
  • 6. Transformação Digital e Ecológica na Mobilidade 
  • 7, Sustentabilidade do Setor do Turismo 
  • 8. Gestão, Promoção e Comunicação Agenda 

As atividades desenvolvidas no âmbito da Agenda visam criar um novo paradigma no setor do turismo, abordando questões como a conexão entre serviços, mobilidade interna, qualificação dos profissionais e promoção e internacionalização das empresas turísticas. Espera-se que essas iniciativas contribuam para a expansão e competitividade do setor, proporcionando uma experiência turística diferenciada e sustentável.

Contribuição da Nova SBE

Nova SBE lidera o Programa de Inteligência Turística (PIT).

O PIT é um programa integrado na Agenda Mobilizadora do Turismo do PRR, resultante da parceria entre a Nova SBE e a Câmara Municipal de Cascais. O objetivo é capacitar e qualificar as PME do município de Cascais, que representam 90% do ecossistema turístico local. Estas empresas enfrentam desafios devido a ofertas desajustadas em relação à procura, especialmente com as mudanças no consumo aceleradas pela pandemia.

Focado em inovação e digitalização, o PIT abrange as áreas de Digitalização do Território, Economia Circular, Data Science e Marketing Digital. 

Os principais objetivos do PIT incluem:

  • 1. Gestão do destino: Melhorar a gestão de fluxos turísticos.
  • 2. Gestão da procura: Caracterizar melhor o perfil do turista e aferir o seu grau de satisfação.
  • 3. Gestão da oferta: Desenvolver produtos integrados para atender às necessidades do mercado.

Além disso, o programa pretende:

  • Suportar as empresas a fazer uma melhor segmentação do turista, cruzando informação demográfica com o comportamento ao longo da sua jornada no destino.
  • Capacitar os gestores das PME do ecossistema (hotéis, restaurantes, alojamentos locais, empresas de transfers, empresas de animação turística, organizadores de eventos, entre outros) com informação detalhada sobre a performance das ofertas turísticas, acompanhando as suas dificuldades e gerindo necessidades de intervenção, bem como ações de up e cross-sell.
  • Fornecer informação ao turista.

O projeto BLOCKCHAIN.PT, com a agenda "Descentralizar Portugal com Blockchain", tem como objetivo utilizar a tecnologia blockchain para reforçar a digitalização de Portugal, acelerando a transição verde e auxiliando o país a tornar-se mais resiliente e competitivo nesta tecnologia.

Os principais objetivos são:

1. Investir na criação de um ecossistema para diferentes organizações poderem aproveitar as oportunidades disruptivas da tecnologia blockchain

2. Ajudar no aumento do investimento em I&D, visto que todos os produtos desta agenda incorporam um alto nível de inovação e conhecimento (essencial para as empresas serem competitivas a nível global).

3. Criar uma pool de talentos para responder à procura por profissionais nessa tecnologia.

4. Fortalecer a indústria de blockchain portuguesa (por meio de novas parcerias).

5. Criar centros de conhecimento em blockchain por todo o país.

A contribuição da Nova SBE está focada nos seguintes objetivos:

  • Desenvolver soluções em blockchain com diferentes parceiros, em áreas como imobiliário, créditos de carbono ou programas de fidelidade.
  • Prototipar e validar as soluções desenvolvidas em conjunto com outros participantes e testá-las em contexto real.
  • Divulgar e promover o trabalho criado e desenvolvido através de artigos, workshops ou outros meios de comunicação necessários para expor este conhecimento.

O projeto +VALORCER ambiciona impulsionar as Organizações de Produtores de cereais, trazendo novas perspetivas, tecnologias avançadas e métodos modernos de otimização e de gestão de processos. Este projeto é dinamizado pela ANPROMIS, ANPOC, Universidade NOVA de Lisboa e CONSULAI, e é liderado pelo InnovPlantProtect. Com a participação de mais de 17 organizações de produtores do setor dos cereais, incluído o arroz, que representam cerca de 90% da produção nacional comercializada, o projeto envolve mais de 12.500 agricultores distribuídos pelo país.

Em Portugal, existem inúmeras Organizações com sistemas de qualidade implementados, no entanto, há ainda muito a fazer na área da digitalização dos processos, na vertente comercial e na valorização do produto final junto da indústria e do consumidor final.

Assim, o projeto +VALORCER tem como principal objetivo incentivar a inovação, aumentar a eficiência da gestão e valorizar a produção nacional de cereais, através de um programa de capacitação avançada nas áreas dos recursos humanos e na criação de um sistema de blockchain.

A contribuição da Nova SBE está focada na Formação das Organizações de Produtores em áreas chave, como a liderança, o marketing e da alta performance, para incentivar a inovação e aumentar a eficiência da sua gestão.

No final deste projecto teremos certamente uma fileira cerealífera muito mais competitiva e capaz de ir ao encontro dos crescentes desafios que lhe são colocados, tanto do ponto de vista ambiental, como económico.

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi definido um conjunto de reformas e investimentos que contribuem para o aumento da participação dos jovens no ensino superior, a graduação da população e o aumento da investigação e desenvolvimento em Portugal, reforçando o objetivo de convergência com a Europa ao longo da próxima década.

Neste contexto, os programas «Impulso Jovens STEAM» e «Incentivo Adultos» visam apoiar iniciativas a desenvolver por instituições de ensino superior (IES), em parceria ou consórcio com empresas, empregadores públicos e/ou privados e incluindo autarquias e entidades públicas locais, regionais e nacionais:

O «Impulso Jovens STEAM», tem por objetivo promover e apoiar iniciativas orientadas exclusivamente para aumentar a graduação superior de jovens em áreas de ciências, tecnologias, engenharias, artes e matemática (STEAM- Science, Technology, Engineering, Arts and Mathmetics), através da oferta de licenciaturas e outras formações iniciais de âmbito superior;

O «Incentivo Adultos» tem por objetivo apoiar a conversão e atualização de competências de adultos ativos, através de formações de curta duração no ensino superior, de nível inicial e de pós-graduação, em todas as áreas do conhecimento, assim como a formação ao longo da vida.

O projeto na Nova SBE da medida 6 do PRR - Qualificações e Competências - consiste em fomentar dois projetos transversais à Universidade NOVA de Lisboa:

  • Aprendizagem Transformativa para Profissionais à Prova do Futuro, abordando o défice de competências emergente dos desafios globais acima descritos:
  • Transformação Organizacional para o Sucesso Académico e Empregabilidade, executando uma implementação transversal na NOVA de estratégias e sistemas de criação de emprego centrados no aluno/participante, promovendo a inclusão e garantindo o acesso justo às propostas de programas e iniciativas da NOVA.

O projeto baseia-se ainda em quatro componentes já em curso na NOVA:

  • 1. A contínua transformação digital interna de sistemas, processos e operações;
  • 2. A generalização da aprendizagem tecnológica melhorada para um ensino aberto e inclusivo;
  • 3. A excelência operacional para garantir que a NOVA executa a sua estratégia de promoção da empregabilidade com eficiência e eficácia;
  • 4. Um sistema de bolsas e mentoria para garantir um acesso justo às competências STEAM.

O investimento do projeto pela UNL ascende a 12,9 milhões de euros, sem IVA, dos quais, na Nova SBE será aplicado aproximadamente 280 mil euros, no âmbito do Impulso Jovem STEAM, e 700 mil euros, no âmbito do Incentivo Adultos.

O projeto Tourism International Academy (TIA) apresentado ao Programa Impulso Jovens Steam e Impulso Adultos, numa parceria liderada pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com a Universidade Aberta, a Universidade NOVA de Lisboa e o Turismo de Portugal, tem como principal objetivo contribuir para a formação e qualificação de Jovens e Adultos em modalidades online ou presencial e para a promoção de atividades de Inovação nas áreas do Turismo e Hotelaria (T&H) baseadas na experiência e conhecimento trans e interdisciplinares das diversas instituições envolvidas.

O fim último é o de alavancar o progresso e desenvolvimento de atividades associadas aos setores do T&H tanto a nível nacional como internacional.

As principais atividades propostas pelo consórcio são as seguintes:

  • Desenvolver atividades que visem a promoção da educação, formação, investigação e inovação na área do T&H em Portugal, nos Países de Língua Oficial Portuguesa, e noutros países ou regiões do mundo, contribuindo para o progresso do turismo nas suas várias vertentes, valorizando o reconhecimento nacional e internacional destes setores e tornando-o mais resiliente às mudanças e tendências futuras;
  • Desenvolver cursos de formação especializados, graduados e não graduados, orientados para as necessidades especificas do mercado de trabalho;
  • Aproveitar as sinergias entre áreas de formação, não específicas do turismo, trazendo uma abordagem trans e interdisciplinar para enfrentar os desafios atuais e futuros do turismo (por exemplo, Medicina, Ciências Sociais, Engenharia, etc.);
  • Promover a transformação digital das organizações de T&H;
  • Promover a sustentabilidade cultural, social, ambiental e económica dos negócios de T&H;
  • Promover a prestação de serviços especializados e de qualidade na Hotelaria;
  • Desenvolver competências com foco na criatividade, qualidade, inovação e empreendedorismo;
  • Apoiar diretamente a qualificação, inovação e competitividade das empresas de T&H;

Fortalecer a capacidade de internacionalização das empresas de T&H.

Os Digital Innovation Hubs (DIHs) | Polos de Inovação Digital são redes colaborativas que incluem centros de competências digitais específicas, com o objetivo de disseminação e adoção de tecnologias digitais avançadas por parte das empresas, em especial PME, Start-ups e Administração Pública, por via do desenvolvimento, teste e experimentação dessas mesmas tecnologias.

 Com o apoio dos DIHs, as PME, Start-ups e Administração Pública terão a possibilidade de aceder a competências digitais avançadas, obter formação especializada, aconselhamento e apoio para acesso a financiamento necessário à sua transição digital, bem como colaborar com outras PME, empresas de maior dimensão e entidades do sistema de investigação e inovação.

O DIH4Climate Neutrality tem como missão acelerar a transição das cidades para espaços urbanos inteligentes, resilientes e neutros em carbono através de dados obtidos com recurso a tecnologias digitais, com vista a promover a qualidade de vida dos cidadãos.

Neste contexto, apresentam-se como principais objetivos:

  • Apoiar os governos locais na utilização de competências e tecnologias digitais para agilizar a prestação de serviços públicos;
  • Promover a integração de soluções de inteligência urbana nas cidades e a utilização de dados e informação de suporte à monitorização, tomada de decisão e elaboração de políticas para a descarbonização;
  • Apoiar as PME, mid-caps e start-ups no desenvolvimento, teste, experimentação e implementação de soluções digitais de baixo carbono nas cidades, em áreas como a mobilidade, eficiência energética, economia circular e governação;
  • Contribuir para a criação de uma comunidade de jovens líderes motivados para trabalhar em prol da sustentabilidade, através da formação em empreendedorismo, competências e tecnologias digitais e desafios das alterações climáticas;
  • Facilitar a criação de redes de colaboração entre os atores do ecossistema de inovação, como centros de conhecimento, empresas, incubadoras, associações e cidades, aproximando a procura e a oferta de soluções urbanas digitais.

O projeto “EstágiAP XXI – NOVA” assume relevância ao nível do desenvolvimento de competências de jovens com formação superior, permitindo um primeiro contacto com o mercado de trabalho onde os estagiários e a entidade empregadora beneficiam mutuamente de uma lógica de transmissão e renovação de conhecimento institucional e intergeracional.

Esta candidatura enquadra-se na estratégia já em curso na NOVA, de aumento do nível de qualificações e de competências dos seus colaboradores; com destaque para as competências digitais cada vez mais necessárias; de contínua transformação digital interna de sistemas, processos e operações e também de aspirar a uma excelência operacional, de modo a garantir que a NOVA executa a sua estratégia de promoção da empregabilidade com eficiência e eficácia.

Neste enquadramento, este projeto prevê de acordo com as diversas áreas que se encontram definidas e de acordo com os perfis indicados em B4, ações específicas de formação prática em diversos contextos (área de Recursos Humanos, IT, Financeira, Controlo de Gestão, área Jurídica, Comunicação, serviços de apoio às áreas de ensino e investigação, ambiente laboratorial, entre outras).

Os objetivos subjacentes aos 124 estágios considerados no âmbito desta medida, são essencialmente:

  • Permitir que jovens qualificados possam adquirir experiência, trabalhando em projetos concretos e limitados no tempo, em áreas diversas e fundamentais da Universidade NOVA de Lisboa, como sejam áreas afetas à transição digital; ao suporte das áreas de ensino; comunicação e internacionalização da NOVA; projetos específicos de I&D, entre outras áreas;
  • Valorizar as qualificações e competências de jovens licenciados;
  • Promover a empregabilidade num contexto socioeconómico em que será necessário um excecional apoio à recuperação económica.