Estudo: Impacto do COVID-19 e do Estado de Emergência nas Organizações Sociais de Portugal
Investigação | 14 abril 2020 Estudo: Impacto do COVID-19 e do Estado de Emergência nas Organizações Sociais de Portugal

O objetivo deste estudo partiu da necessidade de identificar quais os principais impactos negativos de que as organizações deste setor estão a ser alvo para que o devido apoio e soluções possam ser criados. Dos resultados destaque para 77% das organizações afirmarem ter as suas receitas em queda e 80% ter encerrado alguma atividade aberta ao público. O impacto no serviço aos beneficiários deve-se para 51% das organizações ao encerramento total ou parcial das instalações. 63% acredita não enfrentar o risco de despedimento dos seus colaboradores já 43% diz que viu o número de voluntários diminuir. 

No que toca à capacidade de gerar receitas apenas 23% das organizações consideram que não existe uma queda de lucros. Do universo de 232 entidades que participaram no estudo distribuídas por todo o território português ( 53% tem o serviço social como principal atividade), a maioria aponta para uma queda significativa das receitas associadas à prestação de serviços (34%), das atividades de angariação de fundos e donativos (29%) e também das mensalidades ou quotas de associados (26%). Cerca de 40% das organizações tem uma quebra na faturação superior a 30%. 

Já a nível de custos, o estudo conclui que há um efeito menor do que nas receitas, uma vez que a maioria das organizações respondeu que não sentiu até ao momento um aumento dos seus custos (55%). Das entidades que assumiram a subida dos custos, a maior fatia (40%) das inquiridas apontou para a aquisição de equipamento de proteção, desinfeção e segurança como o principal fator. No que toca ao acesso a apoios financeiros, o estudo salientou a existência de uma grande proporção de respostas (65%) que indica não existir, ou existir uma elevada incerteza, a nível do impacto em apoios financeiros. Questionadas sobre se acham que este surto está a criar algum novo problema social, a grande maioria (78%) falou de uma crise social e financeira, em paralelo com o aumento da pobreza.

 

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