Portugal registou, entre 2012 e 2018, 127 greves hospitalares, num total de 268 dias de greve, com estimativa de impactos negativos na taxa de mortalidade e atividade cirúrgica. Os dados constam de um estudo de Eduardo Costa, intitulado License to kill? The impact of hospital strikes". Uma das conclusões do estudo referiu que em Portugal as greves hospitalares são “muito curtas”, já que, normalmente, duram menos de três dias, mas costumam ser “mais frequentes”. O trabalho, ainda em construção, aponta também uma redução da atividade cirúrgica nos hospitais, principalmente durante as greves de médicos e enfermeiros. Os pacientes já internados “tendem a ficar mais tempo nos hospitais” quando ocorrem greves de enfermeiros. A nível hospitalar, aponta para uma redução nas admissões de pacientes em hospitais durante as greves hospitalares, com incidência em casos ambulatoriais. A investigação de Eduardo Costa fez parte de um seminário organizado pelo Centro de Investigação em Saúde Pública, em colaboração com a Escola Nacional de Saúde Pública.