O estudo revela que, embora muitas organizações se sintam intimidadas pela Ciência de Dados e pela tomada de decisões orientada a dados, a maioria já possui uma prática bastante forte de recolha de dados.
De acordo com relatório, 82% das organizações sociais portuguesas recolhem dados fisicamente, 68% recolhem dados digitalmente, 72% afirmam saber que tipo de dados devem recolher e mais de metade (58%) diz saber recolher esses dados.
No entanto, apenas 57% das organizações manifestam saber como agir de acordo com a informação recolhida – ou seja, existe ainda bastante incerteza por parte destas organizações em como actuar com base nos dados que recolhem, não estando os potenciais benefícios da aplicação da Ciência de Dados nas suas actividades diárias a ser maximizados.
Após explicar às organizações o conceito e as aplicações desta ciência, 78% conseguem ver o benefício da sua implementação, e mais de metade (53%) conseguiram identificar as vantagens da aplicação de Ciência de Dados nas suas actividades.
Entre as principais vantagens identificadas por estas organizações na implementação de Ciência de Dados destacam-se a sua capacidade para potenciar actividades de angariação de fundos e donativos, e a sua precisão e eficiência para atingir os seus diferentes públicos – quer aqueles que necessitam de ajuda, quer aqueles que querem ajudar.
O estudo mostra ainda que as principais barreiras à implementação da Ciência de Dados são a falta de pessoal qualificado, a falta de recursos tecnológicos e a falta de recursos financeiros. Apenas 7% destas organizações afirmam ter recursos financeiros disponíveis para a implementação de data science, e apenas 9% manifestam ter os recursos técnicos para este efeito.
O relatório conclui que, em média, a maioria das organizações deseja basear a sua tomada de decisão em dados, mas não planeia implementar a Ciência de Dados nas suas operações a curto prazo.