Com um crescimento de 74% no último ano, a profissão de Especialista emInteligência Artificial (incluindo diferentes títulos com as mesmas competências) foi considerada n.º 1 no top de profissões emergentes nos EUA, com base em dados do Linkedin. Por todo o mundo, escolas e universidades lançam diversas opções decursos e programas de formação em Ciência de Dados para acompanhar a procura por este tipo de competências. Segundo um estudo do Open Data Barometer, realizado a 92 países, 55% dos participantes indicou ter iniciativas em curso de dados abertos (disponibilizados online, de forma gratuita). Em Portugal, exemplos como o da Câmara Municipal de Cascais, através do Cascais Data, corroboram esta tendência.
Há uma corrida generalizada neste sentido – recolha, monetização de dados e extração de insights, por parte das empresas; procura de cursos para desenvolvimento de competências, por parte dos profissionais. A Nova SBE, por seu turno, lançou este ano o Mestrado em Análise de Negócio e, em parceria com Le Wagon, um Data Science Bootcamp, de 24 semanas, que tem início já em junho de 2020.
Mas qual o benefício potencial que toda esta convergência pode trazer para a nossasociedade?
A análise de grandes volumes de dados, conjugada com um forte conhecimento do negócio/ operações da organização e com as devidas questões éticas salvaguardadas, permite-nos, entre outros objetivos, tentar prever situações futuras, com base em acontecimentos passados. Desta forma, temos vindo a contribuir para o aumento do número de crianças vacinadas na Croácia (com o CIPH – Croatian Institute of Public Health e demais organizações locais), a criação de planos para um turismo mais sustentável (com o Turismo de Portugal e Toscana Promozione Turistica), a redução do número de acidentes rodoviários na Holanda (com Rijkswaterstaat, no âmbito do Ministério de Infraestruturas e Ambiente), o apoio a desempregados de longa-duração em Portugal na sua (re)entrada no mercadode trabalho (com o IEFP, a FEUP e a Fundação para a Ciência e Tecnologia) ou a identificação precoce do risco de nefropatia na população diabética (com a APDP – Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, a Fundação “la Caixa” e o BPI).
Estes são alguns exemplos que têm vindo a ser desenvolvidos, desde 2017, pelo NOVA SBE Data Science Knowledge Center, muitos deles no âmbito da Data Science for Social Good SF (iniciada na Universidade de Chicago, agora na Fundação DSSG).